terça-feira, 27 de dezembro de 2011
Gosto
sábado, 24 de dezembro de 2011
Fim-de-ano.
Fatal
Davi sentia dentro de si um enorme vazio que o deixava louco. Não fazia ideia de qual peça na vida poderia completar este espaço que ali dentro estava vago. Era um garoto cheio de dúvidas e muita coisa que presenciara até aquele momento, o sufocava de tal forma que Davi padecia, e padecia, e padecia...
As nuvens que fechavam a noite daquele 25 de dezembro pareciam convidar Davi para uma dança sublime onde todo o vazio seria preenchido. Davi sem ter muitas opções resolveu pegar na mão e subir ao céu para dançar uma valsa, um tango, ou qualquer coisa que o tirasse daquele castigo que era viver.
Davi já não reclama mais da vida e nunca saberá qual era o pedaço que faltava. Se era o coração, os olhos, a mão ou o pé. Tudo o que Davi sabia, era que em vida não se sentia bem e, agora, longe de todo seu passado, Davi queria viver para sempre... mesmo sabendo que já não mais vivia.
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
10h55
O ser humano é o nada. É a peste. É a formiga que rapidamente se prolifera. O mundo, assim sendo, é um grande formigueiro lotado de formigas imbecís.
domingo, 11 de dezembro de 2011
a Letter
Isso não é difícil de entender, mas sim de pôr pra fora.
Sem seu cheiro aqui me sinto incompleto com a tristeza em pauta.
Parece que o momento de partir chegou mais rápido agora.
Você poderia voltar do infinito e me beijar pela última vez.
Não aguento mais o silêncio que faz nessa casa maldita.
Com o resto das forças que tenho nesse corpo em palidez.
Deixo no chão de meu quarto, à quem for, esta carta escrita.
domingo, 4 de dezembro de 2011
Post #270
Levando ao lado apenas seu Medo.
Não aguentava mais tanto peso.
Por essa razão chegou lá cedo.
Para um lado foi sem dizer nada.
Caminhou, o Medo, para o lado inverso.
Entre os dois não houve despedida.
E nem a palavra doce no verso.
O Medo pegou o trem para seu 'Vale'.
Enquanto o outro entrou no 'Solidão'.
Agora ele vive sorrindo por aí.
Longe de toda e qualquer escuridão.
As coisas que intalavam na sua garganta.
Hoje lhe saem muito normalmente.
Corre com o vento e até consegue voar.
Vive feliz com o Medo ausente.
Numa rua longe de onde ele morava.
Encontrou uma menina encantadora.
Que lhe pediu um tanto de ajuda.
Para ser, também, voadora.
Disse que à ela o Medo não dava folga.
Ele, então, disse para deixá-lo partir.
Sem ter muita certeza daquela sugestão.
Foi à estação sem receio de se ferir.
Lá mandou o Medo para o Vale.
Mas ela não foi ao Solidão.
Ficou agora com aquele moço.
Que virou dono de seu coração.
Os Medos deles também se encontraram.
Vivem juntos pensando no futuro e no atual.
Planejando o nome do filho que terão.
Que amedrontará o filho daquele casal.
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Odeio alguns dias de novembro
Eu me sinto sufocado por estas cortinas escuras.
Que de forma tão dolorosa escondem meu quarto.
Esquecendo de que aqui dentro bate um coração.
Nada de bom têm acontecido dentro da mente.
Eu tenho sido cercado por tantas coisas obscuras.
Parece que apenas no dia do meu parto.
Foi que minha vida teve algum momento de ação.
Quem eu queria segurar nos braços não está aqui.
Algum motivo para orgulhar-se também não existe.
Talvez eu só precisasse de um domingo ensolarado.
Ao lado de alguém (você) me dizendo algo calmante.
Percebo que está mais do que na hora de sair daqui.
Sem você estou como um passarinho sem alpiste.
Por você vou ficar em meu quarto escuro parado.
Até o dia em que chegar querendo ser a minha amante.
Enquanto nada disso acontece nessa vida.
Afogo-me numa profunda onda de tristeza.
Tendo que fazer a coisa que não me interessa.
Para que de tudo de ruim eu esqueça.
Não suporto lembrar do dia da despedida.
É num momento desse que odeio minha avareza.
Vejo minha linha correndo aqui dentro com pressa.
Não dando folga alguma à minha cabeça.
Como eu
odeio ser
eu
em alguns dias
de novembro.
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Volta
domingo, 13 de novembro de 2011
Busca
A vida deu uma volta e parou no mesmo lugar.
Nada, nesse domingo, consegue me entreter.
Já é quase amanhã e do céu tá caíndo o mar.
No pouco tempo que mantenho tudo colorido.
Vi que posso, sim, ser alguém diferente.
Apesar de continuar muito dolorido.
Ainda não tem algum motivo aparente.
O que me ampara nessa noite molhada.
Não é nada que eu possa tocar.
Quando minha vida tá assim avacalhada.
Tudo o que quero é na chuva me afogar.
Eu tento fazer algo de bom para mim.
Mas não tem jeito, isso tudo não pára.
Tô querendo mesmo é adiantar o fim.
Dando, em cheio, um tiro na cara.
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Gotas de uma chuva que passou
não é
não vai
não volta
foi, foi
não vem
sem chance
não volta
por mim sim
por você não
agora já era
já foi
não vem
não volta.
era bom
era, era bom
mas, né
já foi
não passa
não volta.
flores
não têm
murcharam
se foram
amizade aqui
entre nós não
já era
já foi
não tem volta
queria repetir
queria prosear.
não dá
não vem
pra mim dá
e pra você
não tem volta
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Post #259
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
Caçando o desgosto
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Good ideas come from sleep, darling
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
domingo, 16 de outubro de 2011
Nós o amamos
sábado, 15 de outubro de 2011
Post #257
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
02h58
domingo, 9 de outubro de 2011
De concreto.
sábado, 8 de outubro de 2011
É o sono (ou falta dele).
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Post verde.
Eu queria ter nascido árvore. De vez em quando até me sinto assim, mesmo. Gosto disso. Gosto de comparar o ser-humano à uma árvore. Cada vez que choro de dor magoado com as pessoas, transformo-me noutro corpo, onde sou, de fato, uma árvore. E nem assim meu choro é causado por outra coisa que não uma pessoa má que só sabe machucar. Minha pele grossa de casca fraca, já velha, é arrancada de mim e jogada ao chão como se não valesse muita coisa (e vale?). Dou parte de mim para outra pessoa ser feliz mesmo que isso me faça chorar. E que diferença, assim sendo, tem uma árvore grande e bela comigo, se tudo o que faço é me desfazer para que outra pessoa possa sorrir? Se eu fosse uma dessas árvores que são imunes de corte eu seria, também, privado de sofrer? Talvez fosse legal ficar assim sem me machucar, sem que me machucassem, complicado é que, para que isso realmente aconteça, eu teria que me isolar. Não, chega... por favor, chega de solidão.
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Post #256
Durante tanto tempo, tudo o que eu quis foi segurá-la em meus braços e poder dizer coisas macias que fariam você sorrir espontaneamente olhando meus olhos. Passei dias ensaiando uma maneira não-tosca de como chegar em você e dizer "Ei, bonita camisa!" sem que parecesse que eu estava afim de falar mais do que isso. Quis ter você ao meu lado para que pudesse me ouvir reclamar do que tanto reclamo, de como minha bicicleta está velha e de como faz um barulho irritante toda vez que pedalo. Tantas vezes achei que você fosse bonita só por olhar como seus cabelos brilhavam. Tantas vezes quis te perguntar "Está bem?" quando via você com um ar triste em sua janela, mas tudo o que fiz foi entrar pra casa e pensar comigo mesmo "Ah, que diferença iria eu fazer?". Hoje me veio à cabeça que, talvez, se eu tivesse criado coragem o suficiente para fazer essas coisas, poderia ter salvo você de quem você é hoje. Por fora você é tão bonita, mas que diferença faz a opinião de alguém assim, esteticamente desfavorecido? Talvez não muito coisa.
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Post reclamão.
Estou aqui reclamando de coisas que não têm porquê, novamente. Reclamo do que não me pertence e nunca pertencerá, falo mal de todo mundo para mim mesmo, falando que Fulana está muito gorda, que Cicrano mudou muito e que eu reclamo demais das coisas. Reclamo de como essa noite está longa, reclamo do sono que não vem, reclamo do dinheiro que não tenho, reclamo das coisas que não tenho. Reclamo demais de minhas roupas, reclamo demais do meu tênis e do medo que me sobra. Reclamo de que não tento te dizer e reclamo de não conseguir tentar. Reclamo que estou vivendo errado, reclamo que sou imprestável e insuportável e, junto do Cartola, procuro afogar no álcool a tua lembrança. Essa história de ficar reclamando de tudo isso já é velha mas ainda tenho paciência para confrontar esse tipo de coisa, já me acostumei e me conformei comigo mesmo. Eu não esperava mas aconteceu.
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Post #255
Viver só com duas mãos é muito sem graça, por isso estou sempre a bater palmas em portões de casas onde você não mora. Viver só com uma boca é muito sem graça, por isso estou sempre a gritar seu nome por ruas vazias onde nunca irá passar. Viver só com duas pernas é muito sem graça, por isso vivo sempre a correr atrás de você pelo caminho errado tentando te achar numa curva qualquer das mesmas ruas que grito seu nome e das casas com portões que não são seus. Viver sem você é muito sem graça.
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Post do sonho.
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Post da chuva.
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Post #254.
sábado, 27 de agosto de 2011
Post #253
Post agonizado.
terça-feira, 23 de agosto de 2011
Post comemorativo.
domingo, 21 de agosto de 2011
Sessão I - M.
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Post #251
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Post #250
Post #249
Post #248
Dentro dela acabo criando uma vida toda para nós dois em menos de um minuto.
O momento em que sinto mais culpa por ser apenas uma memória foi quando nós andávamos pela rua de sua casa, até que começa a chover e você me diz "— Corra, vamos para a casa de minha mãe!" e tudo o que eu fiz foi te deixar ficar (fodida da cara) comigo ali mesmo, se molhando, de mãos dadas que às vezes se transformavam em abraços. E você solta um "— Filho da puta" e me ri como se eu fosse a coisa mais fofa que você já tivesse encontrado. No desenrolar da história você fica gripada e eu te visito.
Fico gripado por ter estado junto de você.
Você me infectou. E até aquele momento, foi a gripe mais legal que já peguei na vida.
Aí eu acordei sem te dar tchau.
sábado, 23 de julho de 2011
Post quebrado.
Que insisto em dizer ser teu
Nunca dei atenção demais a ele
Mas só por ti, forte assim, bateu.
Hoje volto desolado e sem tuas rosas
Já que o sorriso da cara colocaste em outro rosto
No meu peito agora se fez um vazio
E minha alegria arrancaste com gosto.
Sentido em ti ainda consigo enxergar
Ainda te acho a mais bela do mundo
Conseguiste feio me magoar
Fizeste-me chorar mais profundo.
Post #247
Post #246
Que, para variar, só faço sozinho.
Pego minha música e vou lá fora.
E me sinto em paz um pouquinho.
Até que gosto dessa sensação.
Desfruto essa iguaria com gula.
Percebo estar sem o coração.
E mordo minha áspera pele crua.
Bate-me com força uma vontade.
Que há tempos me deixara voar.
De alguém ao lado tenho saudade.
Saudade também de alguém pr'amar.
Aí então subo no cume do muro.
E ligo a música para a alma.
Ouvindo baixinho eu fico no escuro.
Degusto esta linda noite com calma.
Minhas blusas não esquentam muito bem.
E um frio cortante me vem até o braço.
Sinto falta de ter ao lado um alguém.
Sinto falta de receber um abraço.
Olho pro céu que hoje é estrelado.
E namoro a casa que fica em frente.
Sem nunca ter sido o namorado.
Caio nas armadilhas de minha mente.
Volto à cama com um vazio no peito.
Sentindo que ainda não estou completo.
Sinto que não dá para viver deste jeito.
E que me falta um pote grande de afeto.
Fecho meus olhos e tento esquecer.
Seguir com a vida tenho de tentar.
Que merda! Não posso nem escurecer.
Pois amanhã cedo tenho que acordar.
Post #245
Post #244
Mas assim mesmo te vejo.
Oi. Sei que logo, logo esquece.
Mas mesmo assim a desejo.
Sempre olho pra você de longe.
Enquanto seu cabelo brinca com o vento.
E assim o sorriso que se forma por fora.
Esconde o amargo que vivo por dentro.
Uma memória não tão vaga.
É o que trago no peito.
Lembro do seu sorriso infantil.
De menina, lindo, todo sem jeito.
Há pouco tempo que te reconheci.
Mas toda minha infância acendeu.
Mesmo sabendo que sou um fantasma.
Meio idiota que nunca se esqueceu.
Não faço muita questão de me aproximar.
E nem sei se saberia como fazer.
Assim, não tenho risco de apaixonar.
E meu qualquer sozinho volto a beber.
De vez acordei desse sonho nostálgico.
E aceito que nunca vou ter o que reclamar.
O que aconteceu outrora já não interessa.
Minha memória foi jogada ao mar.
Post #243
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Post relâmpago.
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Post #242
sábado, 19 de fevereiro de 2011
Explicação de 'perdida'.
Perdida
Perdida (Part. II)
Perdida (Part. III)
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Post, simplesmente.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Post indiferente à todos.
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Post sufocado.
Someone's beaten up
And the senses being dulled are mine
And someone falls in love
And someone's beaten up
And the senses being dulled are mine
And though I walk home alone
I might walk home alone ...
...But my faith in love is still devout"