quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Post #208

Tô triste por saber que daqui um tempo esse blog vai ser ridicularizado em algum lugar da internet de maneira indireta. Eu deveria estar ciente de que eu estaria sujeito a esse tipo de coisa. Sei lá, tô arrependido de um dia ter pensado em fazer isso, hahaha. Fico chateado, mas né...

domingo, 26 de setembro de 2010

Post #207 (Vento Pt. IX)

Minha mão está gelada, sinto falta dos seus dedos.
Meu café já está esfriando, preciso tirar logo você daqui de dentro.
Escontrei seu bilhete hoje pela manhã, ainda não acredito em tudo isso.
Saiu sem dar tchau. Deixou o batom no espelho. Matou-me logo cedo.
Para onde foram aquelas minhas palavras bonitas?
Esperanças que hoje se escondem de baixo dos tapetes. Quanta bobagem.
A rima fugiu me deixando sozinho nessa chuva. Que falta você me faz.
Eu preciso de um apoio para continuar, preciso andar sozinho com minhas pernas.
O sentido que tudo isso faz me deixa abismado.
Saí apressado atrás do trem que partiu.
Não tive a oportunidade de me despedir.
Não segurei o choro quando seu lenço caiu.
Dizendo que minha vida não poderá colorir.
Volto para casa com meu sujo paletó.
O bouquet em minhas mãos já não vale nada.
Molhado de chuva e manchado de pó.
Ando sozinho nessa deserta estrada.
A vida vai embora conforme nasce o sol.
Meu amor foi embora como quem nunca amou.
Deito-me sozinho em meu gelado lençól.
Percebi que agora minha vida acabou.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Post #206 (Vento Pt. VIII)

Esqueci como eu faço para não me importar. Preciso logo de um mapa, quero sair dessa escuridão.
Estou preso em minha cabeça, a pior prisão que eu poderia ter inventado.
Grades me isolam de todas as coisas boas, aqui onde estou só me restam xícaras vazias e papeis rasgados.
Aqui não bate vento e nem tenho árvore para conversar. Chover, então...
Nunca pensei que torceria tanto para uma noite acabar.
A chuva de cá é quente demais, cadê todo aquele frio que chamava meu nome?
Ah, o que seria de mim sem vocês, dúvidas?
Olhei para o lado e não vi você. Corri para a cozinha e não vi você. Abandonou-me quando eu menos esperava.
Já não escrevo como antes ou será mais uma dose de (...)?

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Post #205 (Vento Pt. VII)

Enquanto a chuva corre a calha, diga que me ama e te preparo um chazinho.
Cansei de procurar no escuro aquele "te amo" que sua boca deixou cair.
Custa aparecer nessa janela e me jogar um beijo com a mão para eu poder dormir em paz?
Percebi que, em todos os dias que te vejo, minha cama fica mais macia. Durmo melhor.
Adentro à floresta das prosas. Minhas linhas andam demais e sempre param em você. Sempre escrevo sobre você.
Conheci um zé bosta que fazia umas frases e ninguém lia. Coitado do menino.
Bebês e seus pés que mais parecem bisnaguinhas.
Minha mão chama tua cintura.
Árvore, conte-me um segredo teu. Posso deitar aos seus pés?
Que saudades tá me dando de você, preciso logo fechar esse meu livro.
Tá me dando uma dor de barriga toda essa melação nas frases.


Post #204

Quanto mais penso em escrever nisso, mais me arrependo de ter começado.

Post #203 (#152 Pt. XXII)

Meu sábado começou pior do que nunca. Era manhã e chovia muito. Não tinha café, logo, teria que buscar. Saí cedo ainda com meus pijamas. Meu casaco favorito ainda estava com o cheiro dela o melhor do mundo. Não tive coragem de vestílo. Minhas olheiras tomavam conta do meu rosto todo, era como se eu tivesse levado uma surra sem esboçar reação. Eu estava pálido e muito triste, minha aparência era, de fato, medonha. Guarda chuva eu não tinha mais, pois, o meu era o qual ela tinha levado junto com as lágrimas. Cheguei à padaria mais parecido com um indigente, um completo ultraje. Peguei meu café e voltei aos meus aposentos.
Doyle também se sentia triste, isso era visível em seus bigodes. Fiz o café, sentei-me com Doyle na janela enquanto ouvia-mos Orlando Silva.

— "A tristeza é a minha companheira
É a única mulher que me quer bem.
Pobre de quem passa a vida inteira.
Sem ter a amizade de alguém."

Post #202 (#152 Pt. XXI)

Eu já não sabia mais quem eu era. A impressão que dava era que eu tinha levado um bilhão de pancadas na cabeça. O relógio caminhava devagar. Marcava 4:00h e minha vida agora tinha partido. Comecei, então, a me perguntar o que teria me tirado do controle. Parei. Percebi ali, que eu consegui ser a pessoa mais estúpida do mundo. Em casa, tudo se tornou sem graça. Doyle estava assustado e não queria me abraçar. Ele sentia nojo de mim, conseguia sentir isso através de seus olhos. Depois de tratar o amor da minha vida de tal maneira, até eu sentia nojo de mim mesmo. Talvez seja por isso que, eu, um rapaz que já tinha vinte e nove anos estava sozinho. Por jeito idiota, fechado e possessivo, que ficava nervoso por qualquer coisa... eu me odiava demais.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Post #201 (Vento Pt. VI)

Gosto de escrever sobre olhos. Puxa vida, como gosto dos seus.
Costumo confundir admiração com amor. Faço dessas toda hora.
É lindo dormir e pensar que, de manhã, seus chinelos estarão ao lado dos meus.
Olha o tamanho desse oceano! Não chega nem perto do que senti por você.
Formiguinha que me morde, sua picada dói como a minha vida toda.
Bebo sempre umas taças de vinho. Sua imagem, de repente, me vem à cabeça. Choro constantemente.
Tem chuva se misturando às lágrimas. Me abraça uma última vez e tudo ficará bem para nós dois.
Tem imaginação indo embora. Câmbio, desligo.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Post #200 (Vento Pt. V)

Viver assim é tão sem graça. Queria tanto um outro cabelo para pentear.
São passeios de bicicleta com fones de ouvidos que deixam a vida cheirando à baunilha.
De vez em quando meus olhos te namoram. Ganho o dia nesses sete segundos.
Certa vez uma árvore me perguntou: "Por que não deitas aos meus pés?".
As nuvens não entendem o motivo das pessoas gostarem tanto de dançar na sua urina.




Tá, para ser o Post #200 eu deveria fazer alguma coisa mais legal que isso, mas sabem como eu sou. Eu não sei se digo como estou, meu twitter tá fazendo isso há todo momento, hahaha!
Enfim, tô a mesma merda, com as mesmas manias de sempre e, pô, quem lê isso sabe o jeito que é. E é isso, sejam felizes até o dia em que eu tornar a postar.

domingo, 12 de setembro de 2010

Post #199 (Vento Pt. IV)

Infinitos de outras linhas imploram para sentir a ponta das canetas de vocês!
Deixe que sua mão tome vida. Deixe-a namorar com o papel. Sinta-se livre, enfim!
Às vezes você faz coisas inimagináveis para falar com a pessoa amada. Dizer oi ou pedir licença, por exemplo.
Tem folha querendo cair daquela árvore. Folha, diz para mim uma coisa (...).
Sim, é muito difícil dizer adeus... mas quem foi que disse que dizer oi é fácil?
Quantas vezes mais eu tenho que olhar o chão para encontrar paz na vida?
Não estamos mais no tempo em que precisa-se de telefone. Ah, como eu sou estranho.
Uma garrafa com leite aberta é tão bonita quanto você levantando pela manhã.
Eu mereço respeito e um pouco de paciência, o ser humano aprende com o tempo (que não chega).
É triste ter que conviver com o medo de dormir.
A coisa mais legal do mundo é poder voar em cima de um tapete. Ou não...
Eu também não entendo... tô falando sério!

Post #198 (Vento Pt. III)

A gente perde tanto tempo reclamando do tédio que não vemos o quão bonito ele pode ser.
O vácuo cultural de uma noite quente pode ser preenchido com um pouco de (...).
Fechando os olhos eu consigo estar ao seu lado. Isso é bem triste para mim.
Eu vejo um caminhão de adolescências indo riacho abaixo, sendo afogadas por suas pobres vidas que não sabem se querem mesmo viver ou existir.
Quanta coisa estranha tem dentro desse rádio. Uma voz tão doce da locutora me encanta todo dia. Queria ser casado com essa voz.
Ninguém precisa de pessoas quando existem lápis, papel e uma xícara de café!
Sabe aquela sensação gostosa que dá quando a pessoa que você gosta está te correspondendo? Então, eu não sei.
Você disse que não gosta de sair, então, mandei pintar um céu no teto de meu quarto.
Tem pássaro cantando na minha janela. Tem chuva chegando no céu. Que dia perfeito!

Post #197 (Vento Pt. II)

Nem olhando para o espelho eu fico de frente para a pessoa em que eu mais possa confiar.
Sente só esse vento que bate nos convidando para uma dança.
Minhas roupas e minha casa, hoje, tão distantes de mim que me sinto só mais uma mosca que voa sem direção.
Não passo de uma página virada nesse seu livro de histórias.
Ser diferente pode ser bonito, mas também pode ser uma desculpa para dizer que está triste.
Às vezes me sinto tão bem que, de repente, danço com você em uma jarra de café com leite.
Dormir com chuva é ruim. O bom é dormir (com você) na chuva.
É fácil gostar mais de um cachorro do que do seu vizinho. A não ser que seu vizinho seja um cachorro.
A raiva me acerta em cheio quando eu percebo que minha mão não quer me obedecer.
Ouvir teu sorriso falando me soa melhor que aquele vento que quer dançar comigo.

Post #196 (Vento Pt. I)

O chocolate feito à mão tem o mesmo gosto do ferro gelado.
A vida sendo feita por olhos fechados é como uma árvore bela em dias de luar.
O sorriso solto ao sol cheira como penas secas de uma pomba branca.
A cor dos olhos daquela moça me faz lembrar o quão legal é levantar todo dia.
Suas unhas pintadas com tanto luxo são como golfinhos dentro de um aquário.
Olho para seu rosto e me lembro da grama amarela nos chamando para deitar.
A desculpa que sai baixinho de sua boca mostra realmente quem é o culpado: Eu.
Seu spot aqui do meu lado já está triste pedindo para que encha-o de calor.
É estranho pensar que as pessoas andam felizes só por causa de alguns dentes, uma língua e um outro coração.
O branco da barba se mistura ao cabelo, tornando-o, por dentro, seu maior mestre.
Olhos marejados na beira do abismo consolam as mãos e o lenço que dão adeus.
Aquele corpo querido que hoje está ausente não te ouve mais. Sinto muito.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Post #194

Oi.

Minha vida continua a mesma e eu só estou escrevendo isso para ter, pelo menos, um post nesse mês. Amanhã é aniversário da minha mãe e isso é bem importante.

Agora sou moderno. Tenho twitter.




Só quem provou o doce.
Que a lua levou ao rosto.
Pensa: "Que bom se fosse
Poder voltar ao posto".