segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Post sufocado.

Estou reclamando novamente.
É a única coisa que sei fazer.
Fácil seria eu ir lá fora.
Com uma companhia.
Sentar um pouco no chão.
Na rua.
No asfalto.
Meio fio. Grama. Céu. Muro.
Conversar um pouco.
Rir um pouco.
Sentir-me feliz, pelo menos um pouco.
É bem assim. Do nada.
Quando consigo, desperdiço.
Quando não tenho, suplico. Feito pecador.
Ah.
Talvez eu só precise dormir.
Ou só precise de alguém ao lado.
Sentar no frio. No poste. Com alguém.
imagino a cena.
E fico triste.
Porque nunca.
Nunca.
Irá se realizar. Pelo menos para mim.

"Then someone falls in love
And someone's beaten up
Someone's beaten up
And the senses being dulled are mine
And someone falls in love
And someone's beaten up
And the senses being dulled are mine
And though I walk home alone
I might walk home alone ...
...But my faith in love is still devout
"

sábado, 22 de janeiro de 2011

Post da vida.

Sentado estou.
Vendo correr.
O mais novo casal.
E vendo crescer.
O meu baixo astral.

Deitado estou.
Sentido o sangue correr.
A mais velha veia.
Deitado estou.
Ciente de que morrer.
Só faz parte da teia.

Não fico triste agora.
Que não mexo mais um dedo.
Pois a todos vocês.
Contarei meu segredo:
Sempre quis saber.
O que havia lá fora.
E essa tal ambição.
Me levou embora.

Post bobo.

Fico a imaginar.
O dia em que chegará.
Pertinho do meu ouvido.
Para dizer que me quer.
Fico imaginando.
Quanto tempo eu perco.
Pensando nisso.
Imagino sempre como seria perfeito.
Se nossas mãos andassem juntas.
Ou se você me fizesse sorrir.
Quando isso fosse mais improvável a acontecer.
Fico imaginando o dia em que você emergirá do meu rio.
O rio que é minha cabeça.
Imagino quando é que vai criar pele e osso.
Quando é que vai ter voz.
Sentido.
Quando é que vai ter a mão para segurar a minha.

Queria poder ter o poder supremo de transformar imaginação no real.
De poder fazer com que você, moça que me habita, saísse de minha cabeça.
E fora dos meus sonhos, pudesse me dar um abraço, tal como costuma fazer.
Enquanto me pego imaginando o quão bobo sou por querer olhar teus olhos.
Frente a frente, não desse jeito, com olhos fechados.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Post apaixonado.

Segure minha mão.
Que linda.
Tão bela quanto o ar.
Que cai, cai...
...Em mim.
Caminha flutuando.
Feito o ar.
Somos eu e você.
Feito um par.
Balança tão gostoso.
Devagar.
Serena e tão bela.
Como o mar.
O céu que já é cinza.
Mostra a chuva que cai, cai...
...Em mim.
As folhas das árvores.
Avisam-me do melhor.
Você está para vir.
Do ar. Do ar.
Parar em minha mão. Parar.
Deitar em minha cama. Deitar.
Sem tempo pra mais nada...
...A não ser pra me amar.
O ar. O mar. Em mim.
Fim.

Post arrependido.

Talvez tudo seja a falta.
Falta de alguém.
De você.
Não sei porque da falta.
Que sinto no peito.
Se nem te conheço.
De nariz em nariz.
Por que me importo?
Serão as sardas? O charme?
Não sei.
Tudo que sei. É que assim...
...Sinto-me um besta.
Não filo cigarro. Não tomo meu trago.
Meu modo de esquecer.
É esquecendo.
Coisa que nunca.
Nunca.
Acontece a mim.
Por falta de cigarro? Por falta de um trago?
Não sei.
Tudo que sei. É que assim...
...Sinto-me melhor.
Apesar de sentir.
Que me sinto uma besta.

Post matemático.

Ninguém percebeu.
Nem mesmo eu.
Do 223 eu pulei pro 238.
Desatenção.
Já não durmo. Dedos. Qualquer coisa que venha.
Madrugada molhada. Parada.
Sozinha. Fria e nua.
Do 223 ao 238.
Um mundo vazio. Sem nenhum coração.
E quem precisa de sentimentos?

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Post #238

E é com extrema firmeza que te escrevo.
Mesmo sabendo que não queres me ver.
Ponho nas linhas o quanto te quero.
E quantas vezes pensei em morrer.

Ficar assim distante não me convém.
Mesmo sabendo que não queres me ver.
Ponho no ar um suspiro de culpa.
Com toda a vontade de aqui te ter.

Choro constantemente essa sua falta.
Mesmo sabendo que não queres me ver.
Ponho na cabeça uma tentativa frustrada.
Que por burrada, foi de te esquecer.

Engulo meu choro e tomo coragem.
Mesmo sabendo que não queres me ver.
No bolso coloco mais uma das cartas.
Que tentarão, para mim, te trazer.

Volto daí com profunda tristeza.
Ao ouvir a frase mais tensa: Te esqueci!
Na boca coloquei o cano da arma.
E sem metade do coração, morri.

Post #237

E a minha luta continua de pé.
Mesmo sendo utopia total.
Continuo tranquilo como a água.
Ou como as roupas no varal.

Não mexo um dedo para mudar.
Reclamo sempre do que parece errado.
Mesmo assim vou ficar por aqui mesmo.
Pois é bem melhor permanecer parado.

Com meus dedos as teclas apertarei.
Sentirei-me inteligente nesta rede.
E quando eu xingo o mundo capitalista.
De Coca-Cola me dá sede!

Critico a todos que só querem dinheiro.
Mesmo que sempre precise do meu.
Maldito povo individualista.
Que na cabana de luxo cresceu.

A grana(da) explodirá na tua janela.
Defendo o pobre e o mundo inteiro.
Mas, estou cansando de computador.
Deito tranquilo em meu travesseiro.

Post #236 - Carta

Você mesmo cria suas barreiras. Você não é tão livre quanto você pensa. Quando tiver trinta anos de idade vai entender isso. Sentir-se livre, talvez. O mal que cai sobre sua cabeça, foi plantado na sua própria terra, e quem o colheu foram suas mãos. As mesmas mãos que já secaram tanto suas lágrimas. Lágrimas derramadas em consequência do choro que se ouvia. Choro que você mesmo exalava. Choro que você mesmo causava. Você é o seu próprio mal. Todo lixo que você mesmo empurra guela à baixo, é o que você mais repugnará. Irá perceber que toda sua certeza não passava de uma folha marcada que dançava com o vento. Irá perceber o quanto se repreendia enquanto achava que estava livre de alguma coisa. Você não precisa estar por cima, ou ter algo em cima de você para saber o que te faz bem e o que não faz. Não o critico. Só te admiro por me criticar. Achar que sou inferior às suas verdades. Você e sua turma não sabem muita coisa do que é o certo. Ninguém sabe ao certo o que é o certo. Pessoas acreditam no que querem. Pessoas falam sobre o que sentem vontade. Amam. Odeiam. Conscientizam-se. Fala tanto em diferença que no fundo não percebe que é o mais preconceituoso é sua própria carne. Que nada de ruim seria feito no mundo, se sua imunda carcaça já não estivesse presa à terra. ideias não morrem fácil. Ideias são imortais. Caso você resolva pô-las ao mundo, tenha certeza de que ninguém sairá ferido com sua força. Espero que você saiba realmente o que está fazendo. Espero que não venha a se arrepender do que está fazendo. E aquela sua folha será passada de geração em geração, aos outros que virão, cegos pela mesma manipulação que você mesmo colocou no seu coração.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Post #235

Esse lance de raiva é só pra mudar o sentimento um pouco. Tô sabendo que é pouca gente que lê mesmo, então, não tem problema nenhum.

Post #234

Depois de tanto tempo vivendo assim.
Olho minhas mãos e começo a chorar.
O que fiz na vida para poder sorrir?
O que fiz na vida para me orgulhar?

Sinto pena agora de mim.
Percebo que não valho nada.
Meu sapato agora ponho no pé.
E sozinho pego a estrada.

Percebo também como sou burro.
Sinto-me um completo imbecil.
Deixo pra trás uma vida sem graça.
E alguns discozinhos de vinil.

Raiva sinto de mim mesmo.
Tenho vontade de me bater.
Choro irritado pelos meus atos.
E o motivo nem quero saber.

É assim mesmo que a vida age.
E é isso que a vida me deu.
Um tanto assim de coragem.
Que minha alma penosa vendeu.

Não tenho mais ambições.
Ninguém em mim me ama.
Tranco-me na minha casa.
E choro afogado na cama.

Acabou-se assim minha vida.
A caminhada chegou ao fim.
Sozinho no mundo inteiro.
Sem alguém com pena de mim.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Post #223

Enquanto você pensa estar salvo de tudo.
Percebe que fica cada vez mais sozinho.
Vê-se virado rezando ao pé do Santo.
Querendo beber água, e não vinho.

Chora de arrependimento por toda a sua vida.
Arrepende-se de todos a quem machucou.
Esquece que a vida não tem backspace.
Feito a internet que você usou.

Sai para a rua e ninguém te cumprimenta.
Fecha a cara e finge estar tudo bem.
Sem menos perceber, de você próprio,
É a agora o novo refém.

Mente para si, achando ter amigos.
Teclado, máquina e uma tela.
A vida lá fora você ignora.
E vive o que está pra lá da janela.

Com sua cara de bosta e olhos grandes.
Por uma rede social está cego.
Você morrerá sozinho em sua cela.
Afogado no lixo de seu ego.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Post #222

E tudo ainda está igual.
Sem qualquer coisa pra orgulhar.
Sinto a mesma preocupação.
Que sempre quis eliminar.

Bate assim uma coisa feia.
E me deixa sempre pra trás.
É isso o que acontece.
Quando me importo demais.

Deveria deixar de lado.
Tornar isso irrelevante.
Por um motivo qualquer.
Isso se torna importante.

Poesia suja. Feia. Sem graça.
Menino feio. Sujo. Sem graça.
Mundo estranho. Sujo. Sem graça.
Vida estranha. Feia. Sem graça.

Perdi, de novo, o dom da rima.
Não consigo mais escrever. Fuck!
E ainda assim te acho fofa.
Queridinha, Little Duck. *:

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Post #221

Oi. Tô fazendo esse post justamente por não ter nada de melhor para fazer. O ano começou e eu não notei diferença alguma. Coisas boas estão para acontecer mas eu não consigo enxergar isso como sendo coisa boa. Ando meio chato com todo mundo, sendo grosso com quase todo mundo. Não faço isso porque quero, nem por impulso, faço porque não sei quando sou grosso. Nunca achei que botar pra fora o que estou sentindo iria me prejudicar desse jeito. A noite está quente aqui dentro da sala. Lá fora faz um friozinho atípico. Não tenho companhia para dar uma volta, sentar no meio fio, falar bobagens ou coisas desse tipo. Tudo o que mais queria agora essa fazer isso. Tchau.

P.S.: Refiz meu twitter: @tio_neto

sábado, 1 de janeiro de 2011

Post #220

Só rima pobre.

Post #219

Lá vai a menina da camisa branca.
Levando os fogos para seu namorado.
Com seu sorriso e sua beleza franca.
Que se mostrava para seu amado.

Daqui sentado vejo aquele idoso.
Que traz bombinhas para Dona Amélia.
Sinto-me assim alguém meio invejoso.
Por essa história de amor já tão velha.

Correndo ao longe vejo meu irmão.
Que só apronta pra cima da cunhada.
No fim de ano se explode o coração.
Dizendo a ela que é sua amada.

Meus pais também participam da festa.
Sorrindo sempre até o sol se pôr.
Minha mãe solta um beijo na testa.
Do meu bom pai, seu eterno amor.

O casal mais jovem da vizinhança.
Corre feliz no horizonte.
É lindo ver isso em criança.
Ah, inveja, sinto de monte!

Minhas mãos só têm um sentido.
Ficarem aqui entrelaçadas.
Vendo todos os outros sorrindo.
Estando sempre de mãos dadas.

Sem dar um sorriso de verdade.
Da festa saio de fininho.
Volto para minha realidade.
Que é, de fato, ficar sozinho.


Post #218

Oi. Hoje já é dia 02 de janeiro de 2011. O ano se acabou e todas as pessoas que li na internet esperam que esse ano seja diferente. Eu também. Ou nem tanto... pelo menos em alguns aspectos acho que sim.
Passei dias bem. Sentindo que eu tinha melhorado de alguma coisa que eu tinha, do mal que me apunhalava cujo eu nunca soube o que era, tive dias bons, conheci pessoas legais, estava sorrindo e me sentindo realmente bem. Isso mudou, novamente. Parece idiota, mas eu não me sinto bem agora. Sinto falta de gente pra conversar sobre qualquer coisa. Sempre quis ter essas coisas que, porra, agora que mostrei esse blog pra tanta gente, tô começando a me privar de escrever algumas coisas do mesmo modo que escrevi outrora. Meu diário foi roubado...
Aquelas dúvidas e perguntas caíram sobre a minha cabeça. Fiquei meio perdido, sem saber o que fazer mesmo. Estou sentindo muito calor, um calor desconfortável que está incomodando de verdade. Não sinto vontade de sair daqui, ao mesmo tempo sinto, assim, eu não sei o que faço! É como se eu não soubesse fazer isso parar. Sinto-me alguém imbecil por causa disso. Escrevo isso suando, querendo me punir por tais babaquices. Sei lá...
Deletei o twitter também. Não tava servindo pra muita coisa, talvez eu devesse esperar mais um tempo, só pra ver o que acontecia, mas... a verdade é: não sei porque eu fiz o twitter e não sei porque ainda tenho esse blog.

Feliz ano novo.