sábado, 1 de janeiro de 2011

Post #219

Lá vai a menina da camisa branca.
Levando os fogos para seu namorado.
Com seu sorriso e sua beleza franca.
Que se mostrava para seu amado.

Daqui sentado vejo aquele idoso.
Que traz bombinhas para Dona Amélia.
Sinto-me assim alguém meio invejoso.
Por essa história de amor já tão velha.

Correndo ao longe vejo meu irmão.
Que só apronta pra cima da cunhada.
No fim de ano se explode o coração.
Dizendo a ela que é sua amada.

Meus pais também participam da festa.
Sorrindo sempre até o sol se pôr.
Minha mãe solta um beijo na testa.
Do meu bom pai, seu eterno amor.

O casal mais jovem da vizinhança.
Corre feliz no horizonte.
É lindo ver isso em criança.
Ah, inveja, sinto de monte!

Minhas mãos só têm um sentido.
Ficarem aqui entrelaçadas.
Vendo todos os outros sorrindo.
Estando sempre de mãos dadas.

Sem dar um sorriso de verdade.
Da festa saio de fininho.
Volto para minha realidade.
Que é, de fato, ficar sozinho.


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