terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Froggy

Mateus era um sapo. Um sapo não tão feio. Não tinha tantas rugas ou verrugas, porém, ainda assim, era muito solitário. O sapo mais sozinho do pântano. Sonhava em encontrar uma princesa que o beijasse para que pudesse se tornar o príncipe da vida de alguém. Como todos sabem, o destino da grande maioria dos sapos é sempre outro. O outro caminho que costuma não ter princesa alguma.
Certo dia, no meio do lago, Mateus, o sapinho, enxergou uma bela garota brincando na margem. Ela era bonita e se vestia muito bem, tinha belos olhos que logo chamaram a atenção do sapo. A garota odiava animais peçonhentos e acabou por jogar o pobre sapo longe, bem longe, antes que ele pudesse soltar a língua pra fora para que pudesse falar alguma coisa. Isso matou o sapinho por dentro e, mais tarde, naquele dia, o pobre animal teve o mesmo fim dos outros sapos: acabou sendo atropelado na rua Edson Campos. Descanse em paz, bichinho.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

A maior bosta que já escrevi


Isso tudo ficou insuportável e cansativo para Ricardo
o sol torra sua cabeça como se o odiasse
e tem sido assim com todo forma de vida viva
ninguém escapa da ira dos raios solares
Essa coisa toda mata o garoto de desânimo
uma mosca preta e grande penetra sua cabeça
e morre em solidão conflitando com seu cérebro
outros insetos desejam sua carne podre
decompondo enquanto o sol continua a lhe bater
ele sente saudade do gelo da sua ex namorada 

domingo, 23 de dezembro de 2012

farpa

Odeio o modo como me porto de vez em quando.
Como olho para os lados fingindo estar procurando alguém.
Faço isso mesmo sabendo que não procuro pessoas
pois não tenho a quem procurar
ou esperar.

Talvez o que mais me doa seja achar que não tem ninguém me procurando
ou esperando...

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

carta à pessoa mais bonita que já conheci

Oi. Voltei pra escrever aqui algo não muito feliz que aconteceu recentemente. Ainda estou bastante chateado, mas, também, tentando desviar essas coisas tristes do foco principal. Perdi minhas gatas. É, as duas. Agora eu só tenho o videogame mas também perdi a vontade de usá-lo. A de estimação roubaram e a outra mudou de mim. Meu castelo de cartas voou com o vento e vai ser muito difícil de construir outro parecido. Não sei se eu deveria escrever algo assim aqui, talvez devesse deixar somente no meu caderno de reviver, mas, ah... eu nem tenho mais vontade de escrever as coisas nele.  Eu devo ter errado em algum ponto e pensar que as coisas acabaram por um erro meu me mata. Me mata mesmo. Talvez eu fosse mesmo muito sufocante, mas nunca era por mal, sei lá... É tão difícil tentar se explicar. Você, nenis, provavelmente nunca leia isso, talvez nem se lembre desse blog ou do post abaixo (que também fala de você, só que feliz). Diferente das últimas sms's no seu celular, vou deixar você achar isso sozinha. Chorei vendo O Hobbit porque um dos anões ofereceu um "chá de camomila" ao Gandalf e vendo 500 days of summer porque, bem, eu já te disse o porquê. Preciso tirar seu nome e seu rosto de tudo o que me cerca. Eu espero que você seja feliz na sua vida sem meus beijos ou mensagens de boa noite. Espero que "mais pra frente a gente se encontre", como você mesma disse. Eu te amo.

Tenho muita coisa pra falar, mas acho que vou começar a chorar, então, melhor parar aqui