segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Caçando o desgosto

Gosto de mostrar meu sofrimento escrevendo mais.
Dizendo que eu sofro e que isso só mal me traz.
Minto para mim mesmo dizendo que tanto faz.
E me enganando desse jeito pareço até estar em paz.

A realidade do amor aqui em mim é inversa.
Mesmo sendo bonitinha tal qual um gato persa.
Em meu mar de tristeza a alegria é submersa.
Tudo porque entre nós já não há mais conversa.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Good ideas come from sleep, darling

Estou sendo perseguido feito um coelho.
Perdido e indefeso dentro da mata.
Essa vida é injusta e sou muito azarado.
Um coelho gordo sem nenhuma pata.

Cada golpe que me acertam na fuça.
Mostra como sou mesmo vulnerável.
Reergo-me mas sempre caio outra vez.
A minha queda sempre foi inevitável.

Ainda não aprendi a viver neste mundo.
Talvez eu tenha de fazer uma viagem.
Entrar no mar respirando fundo.
Porque viver assim é uma bobagem.

Num mundo onde se mata por tão pouco.
Ou que se mata pela opção sexual.
Um mundo escroto mostrando que o homem.
É o mais atrasado e miserável animal.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

domingo, 16 de outubro de 2011

Nós o amamos

Contaram-me uma baita duma mentira.
Dizendo que o tempo tudo sara.
Talvez eu tivesse muito mais amigos.
Tendo menos espinha na cara.

Contaram-me uma baita duma mentira.
Dizendo que assim não chegaria à NASA.
Talvez eu tivesse muito mais amigos.
Se chegasse sempre bêbado em casa.

Contaram-me uma baita duma mentira.
Dizendo que não sou tão falido.
Talvez eu tivesse muito mais amigos.
Se não fosse tão distraído.

Contaram-me uma baita duma mentira.
Que falava de dona Totonha.
Talvez eu tivesse muito mais amigos.
Tendo muito menos vergonha.

Contaram-me uma baita duma mentira.
Dizendo que eu tenho reais amigos.
Ah, espera... Isso é verdade!

sábado, 15 de outubro de 2011

Post #257

Acabei por não fazer nada do que eu prometi
Também não me desculpei pelos erros que cometi.
Minha maior estupidez foi entregar meu amor à ti.
Que foi o único medo que, na vida toda, combati.

Estou muito perdido. Estou pior que bicho.
Não faço nada certo mas me mato com capricho.
Sinto-me uma besta e para você isso eu cochicho.
E agora vejo minha vida que foi correndo para o lixo.

Eu até que me gostava por ser diferente, por ser torto.
Hoje não desfruto desse prazer. Hoje estou morto.
Em toda vez que me fiz de barco, você foi meu porto.
Quando fui carro, perdi-me em curvas do seu corpo.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

02h58

Sonolenteando sem sono estou.
Sou sovina somente sem dente.
Sonolenteando sem vida eu sou.
Sem sono não sou assim contente.

Tragédia a vida desse moço.
Ai, que chatice esse tal de pôno.
Não tanto quanto esta vida caroço.
Que assim como eu vive sem sono.

Sonolentinado sem sono vivo agora.
Sou um avarento apenas sem sorte.
Soterrando o sono num campo de amora.
Sentado sem sono espero minha morte.

Sem coração quem recusa vossa amizade.
Descoraçãozado é esse povo sem graça.
Essa que se nega por causa de vaidade.
Sonoletada sentada num banco de praça.

domingo, 9 de outubro de 2011

De concreto.

Espero que depois disto tudo algo tenha mudado.
Depois de dizer o quanto gosto de ti, meu amado.
Que o que eu sempre quis fazer era estar ao teu lado.
E num dia de frio e chuva ir embora abraçado.

Espero que me entenda e pratique comigo a amizade.
Depois de dizer que de ti não mais espero maldade.
Que o que sempre quis foi encontrar a felicidade.
Enquanto rodava chorando os becos desta cidade.

Espero que saibas me dar a mão quando eu precisar.
Depois que meu corpo já estiver cansado de chorar.
Estarei perdida no teu quarto com a cabeça a rodar.
Enquanto deito do teu lado para dizer que vou te amar.

Gosto do teu cheiro mais do que o da margarida.
Espero que não me deixes a esperar-te na avenida.
Porque o que de melhor me aconteceu até hoje na vida.
Foi ter o teu amor estancando a minha ferida.

sábado, 8 de outubro de 2011

É o sono (ou falta dele).

Estou com vontade de dormir mas não disponho de sono algum na cabeceira de minha cama. Vago pelos corredores da casa atrás dele mas não consigo achar nada e, quando percebo, o sol já está se levantando outra vez. Se à noite já é impossível de apagar, pela manhã eu já nem tento. Há um tempão não sei o que é dormir de verdade. Última vez que tive esse prazer, você me dizia que estava muito gorda e tentava me arrancar um "pára, cê tá ótima" enquanto ouvíamos uma música onde dizia que teríamos coisas bonitas pra contar, e então, você me dava um cafuné e um boa noite.