quarta-feira, 12 de outubro de 2011

02h58

Sonolenteando sem sono estou.
Sou sovina somente sem dente.
Sonolenteando sem vida eu sou.
Sem sono não sou assim contente.

Tragédia a vida desse moço.
Ai, que chatice esse tal de pôno.
Não tanto quanto esta vida caroço.
Que assim como eu vive sem sono.

Sonolentinado sem sono vivo agora.
Sou um avarento apenas sem sorte.
Soterrando o sono num campo de amora.
Sentado sem sono espero minha morte.

Sem coração quem recusa vossa amizade.
Descoraçãozado é esse povo sem graça.
Essa que se nega por causa de vaidade.
Sonoletada sentada num banco de praça.

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