quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Post #236 - Carta

Você mesmo cria suas barreiras. Você não é tão livre quanto você pensa. Quando tiver trinta anos de idade vai entender isso. Sentir-se livre, talvez. O mal que cai sobre sua cabeça, foi plantado na sua própria terra, e quem o colheu foram suas mãos. As mesmas mãos que já secaram tanto suas lágrimas. Lágrimas derramadas em consequência do choro que se ouvia. Choro que você mesmo exalava. Choro que você mesmo causava. Você é o seu próprio mal. Todo lixo que você mesmo empurra guela à baixo, é o que você mais repugnará. Irá perceber que toda sua certeza não passava de uma folha marcada que dançava com o vento. Irá perceber o quanto se repreendia enquanto achava que estava livre de alguma coisa. Você não precisa estar por cima, ou ter algo em cima de você para saber o que te faz bem e o que não faz. Não o critico. Só te admiro por me criticar. Achar que sou inferior às suas verdades. Você e sua turma não sabem muita coisa do que é o certo. Ninguém sabe ao certo o que é o certo. Pessoas acreditam no que querem. Pessoas falam sobre o que sentem vontade. Amam. Odeiam. Conscientizam-se. Fala tanto em diferença que no fundo não percebe que é o mais preconceituoso é sua própria carne. Que nada de ruim seria feito no mundo, se sua imunda carcaça já não estivesse presa à terra. ideias não morrem fácil. Ideias são imortais. Caso você resolva pô-las ao mundo, tenha certeza de que ninguém sairá ferido com sua força. Espero que você saiba realmente o que está fazendo. Espero que não venha a se arrepender do que está fazendo. E aquela sua folha será passada de geração em geração, aos outros que virão, cegos pela mesma manipulação que você mesmo colocou no seu coração.

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