Percebe que fica cada vez mais sozinho.
Vê-se virado rezando ao pé do Santo.
Querendo beber água, e não vinho.
Chora de arrependimento por toda a sua vida.
Arrepende-se de todos a quem machucou.
Esquece que a vida não tem backspace.
Feito a internet que você usou.
Sai para a rua e ninguém te cumprimenta.
Fecha a cara e finge estar tudo bem.
Sem menos perceber, de você próprio,
É a agora o novo refém.
Mente para si, achando ter amigos.
Teclado, máquina e uma tela.
A vida lá fora você ignora.
E vive o que está pra lá da janela.
Com sua cara de bosta e olhos grandes.
Por uma rede social está cego.
Você morrerá sozinho em sua cela.
Afogado no lixo de seu ego.
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