Meu café já está esfriando, preciso tirar logo você daqui de dentro.
Escontrei seu bilhete hoje pela manhã, ainda não acredito em tudo isso.
Saiu sem dar tchau. Deixou o batom no espelho. Matou-me logo cedo.
Para onde foram aquelas minhas palavras bonitas?
Esperanças que hoje se escondem de baixo dos tapetes. Quanta bobagem.
A rima fugiu me deixando sozinho nessa chuva. Que falta você me faz.
Eu preciso de um apoio para continuar, preciso andar sozinho com minhas pernas.
O sentido que tudo isso faz me deixa abismado.
Saí apressado atrás do trem que partiu.
Não tive a oportunidade de me despedir.
Não segurei o choro quando seu lenço caiu.
Dizendo que minha vida não poderá colorir.
Volto para casa com meu sujo paletó.
O bouquet em minhas mãos já não vale nada.
Molhado de chuva e manchado de pó.
Ando sozinho nessa deserta estrada.
A vida vai embora conforme nasce o sol.
Meu amor foi embora como quem nunca amou.
Deito-me sozinho em meu gelado lençól.
Percebi que agora minha vida acabou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário