Foi andando até a estação.
Levando ao lado apenas seu Medo.
Não aguentava mais tanto peso.
Por essa razão chegou lá cedo.
Para um lado foi sem dizer nada.
Caminhou, o Medo, para o lado inverso.
Entre os dois não houve despedida.
E nem a palavra doce no verso.
O Medo pegou o trem para seu 'Vale'.
Enquanto o outro entrou no 'Solidão'.
Agora ele vive sorrindo por aí.
Longe de toda e qualquer escuridão.
As coisas que intalavam na sua garganta.
Hoje lhe saem muito normalmente.
Corre com o vento e até consegue voar.
Vive feliz com o Medo ausente.
Numa rua longe de onde ele morava.
Encontrou uma menina encantadora.
Que lhe pediu um tanto de ajuda.
Para ser, também, voadora.
Disse que à ela o Medo não dava folga.
Ele, então, disse para deixá-lo partir.
Sem ter muita certeza daquela sugestão.
Foi à estação sem receio de se ferir.
Lá mandou o Medo para o Vale.
Mas ela não foi ao Solidão.
Ficou agora com aquele moço.
Que virou dono de seu coração.
Os Medos deles também se encontraram.
Vivem juntos pensando no futuro e no atual.
Planejando o nome do filho que terão.
Que amedrontará o filho daquele casal.
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