quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Odeio alguns dias de novembro

Nada de bom têm sido retornado ultimamente.
Eu me sinto sufocado por estas cortinas escuras.
Que de forma tão dolorosa escondem meu quarto.
Esquecendo de que aqui dentro bate um coração.

Nada de bom têm acontecido dentro da mente.
Eu tenho sido cercado por tantas coisas obscuras.
Parece que apenas no dia do meu parto.
Foi que minha vida teve algum momento de ação.

Quem eu queria segurar nos braços não está aqui.
Algum motivo para orgulhar-se também não existe.
Talvez eu só precisasse de um domingo ensolarado.
Ao lado de alguém (você) me dizendo algo calmante.

Percebo que está mais do que na hora de sair daqui.
Sem você estou como um passarinho sem alpiste.
Por você vou ficar em meu quarto escuro parado.
Até o dia em que chegar querendo ser a minha amante.

Enquanto nada disso acontece nessa vida.
Afogo-me numa profunda onda de tristeza.
Tendo que fazer a coisa que não me interessa.
Para que de tudo de ruim eu esqueça.

Não suporto lembrar do dia da despedida.
É num momento desse que odeio minha avareza.
Vejo minha linha correndo aqui dentro com pressa.
Não dando folga alguma à minha cabeça.

Como eu
odeio ser
eu
em alguns dias
de novembro.

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