sábado, 23 de julho de 2011

Post #244

Oi. Sei que não me conhece.
Mas assim mesmo te vejo.
Oi. Sei que logo, logo esquece.
Mas mesmo assim a desejo.

Sempre olho pra você de longe.
Enquanto seu cabelo brinca com o vento.
E assim o sorriso que se forma por fora.
Esconde o amargo que vivo por dentro.

Uma memória não tão vaga.
É o que trago no peito.
Lembro do seu sorriso infantil.
De menina, lindo, todo sem jeito.

Há pouco tempo que te reconheci.
Mas toda minha infância acendeu.
Mesmo sabendo que sou um fantasma.
Meio idiota que nunca se esqueceu.

Não faço muita questão de me aproximar.
E nem sei se saberia como fazer.
Assim, não tenho risco de apaixonar.
E meu qualquer sozinho volto a beber.

De vez acordei desse sonho nostálgico.
E aceito que nunca vou ter o que reclamar.
O que aconteceu outrora já não interessa.
Minha memória foi jogada ao mar.

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