quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Post da chuva.

Quando o céu está cinza demais, eu preparo meu coração para toda chuva que vai cair. Fico sentado em uma cadeira próxima à janela da frente, abro quatro dedos dessa janela e começo a namorar cada pingo daquela chuva. Ela começa fina mas em pouco tempo se transforma em tempestade, ganhando toda a rua e inundando meus olhos. Eis que me vejo cheio de coragem e ergo minha cabeça para entrar nesta multidão de água que vem do céu. Sinto-me purificado vendo que tudo isso cai e bate com força contra minha pele, é como se estivesse me levando coisas más e me trazendo coisas boas ao mesmo tempo. Sinto-me, também, lúcido o bastante para achar e dizer que cada gota dessas chuvas possam ser partes de você ou palavras de você tentando me confortar e sinalizar de que tudo ficará bem, de que tudo tem um porquê e, acima de tudo, que me ama apesar de tal distância. Toda chuva que cai é uma lembrança sua que ainda é viva em cada poro do meu corpo.

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