Em uma noite de quarta feira, liguei para ela como de costume para ver como estavam as coisas, como tinha sido o seu dia e tudo aquilo que eu insistia em saber. Deixava escapar uma pontinha de ciume perguntando se existia uma outra pessoa morando em seu pensamento. Isso era a única coisa que Bárbara odiava em mim. Eu perguntava isso só para encher o saco, eu confiava demais nela e não iria botar tudo à perder por um ciume bobo. Sei que ela pensava igual sabendo como eu sou e sempre fui. Convidei-a para sair aquela noite. Tomar um café em alguma lugar, mas recusou. Disse que precisava ajudar Clara que estava doente. Eu fiquei chateado e perguntei porque Michael não poderia fazê-lo, até que eu soube que Clara havia terminado tudo na noite em seguida em que dormiu na casa dele. O motivo eu juro que não quis saber...
Bárbara odiava gatos. Quando disse que meu amigo mais fiel era Doyle, ela me chamou de idiota. Perguntou o por que de eu não tinha pego um cachorro. Dizia que eram bem melhores que gatos, que gatos eram interesseiros e aquela coisa que todas as pessoas do mundo falam sobre os gatos. Ela odiava o fato de eu não saber conversar com pessoas desconhecidas, não sei o motivo também, já que ela nunca soube fazer isso. O trabalho dela exigia saber dessas coisas, exigia sorrir para os clientes... Esse deve ter sido o melhor trabalho que ela conseguiu na vida. O fato de um gato dividir o mesmo teto que eu, fez Bárbara recusar meu convite para vir aos meus aposentos uma vez. Mas depois que nos declaramos, até o ódio por gatos ela resolveu esquecer. Ela era a coisa mais incrível que aconteceu na minha vida.
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