terça-feira, 8 de junho de 2010

Post #136

Nasci mais pesado que o normal.
Numa pequena cidade do norte.
A minha vida eu criei na capital.
E já pensei tantas vezes em morte.

Com seis anos não saía da saia,
De bolinhas que mamãe usava.
Com dezessete não mudei - paia.
E de desgosto a mamãe chorava.

Eu sempre fui o mais gordinho.
E de tão chato vivia reclamando.
O dinheiro de papai - tão suadinho.
Morria nas mãos de Seu Orlando.

Eu era uma criança feliz.
E eu nunca quebrei um braço.
Nunca quebrei o nariz,
Mas sempre quis ir ao Espaço.

Eu era um menino bem esperto.
E sempre gostei de curtir um som.
Até hoje sou um garoto certo.
Que ainda sonha em ser Mestre Pokémon.

Eu sempre ficava pra trás.
Atrás de todos vocês.
Ali, eram crianças más.
Pois bicicleta, só depois dos dezesseis.

Do amor, aos dez, sabia o enredo.
E desde aí eu sou tímido.
Gostava das gurias em segredo.
Mas, com dez anos, não havia sofrido.

Eu era um menino estranho.
Era mesmo dentuço e gordão.
Seria horrivel se fosse fanho.
E isso me partia o coração. (mentira, eu nem ligava)

Talvez eu continua depois.
A noite hoje está bem fria.
Ninguém quer ficar lendo.
A minha autobiografia. :*

Nenhum comentário:

Postar um comentário