segunda-feira, 24 de maio de 2010

Post #113

Hoje eu não quero só a tristeza.
A alegria também merece espaço.
São os braços da moça que me faltam.
Para me confortarem com um abraço.

Não quero só dor de cotovelo.
Quero falar de coisas mais reais.
Não quero falar de minha situação.
Ou dos meus versos tão infernais.

Hoje eu não falo mais da mocinha.
Que existe só na minha cabeça.
Que anda por aí feito boneca.
E que hoje imploro que desapareça.

Hoje pode ter sido meu pior dia.
Mas não quero colocá-lo nesse papel.
Folhas que custam cinco centavos.
Que comprei na lojinha do Manél.

Hoje não quero ser pessimista.
Mesmo sabendo que não mudarei.
Vou sair agora com a bicicleta.
E de mim, o melhor levarei.

Vou sentar em baixo de uma árvore.
E sentir o vento me cantar um som.
Mano, há anos não sentia algo assim...
Puta que pariu, que vento bom.

Não resisti e tive que anotar.
Nessa folhinha que o Manél me vendeu.
Ai, que coisa chata essa de amar.
Algo que nunca aconteceu.

Sentado na sombra dessa árvore.
Foi que eu escrevi uma canção.
Algumas rimas meio imbecís.
Pra tentar roubar teu coração.

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