quinta-feira, 15 de julho de 2010

Post #172 (#152 Pt. XIX)

A semana estava começando novamente e eu estava para pegar férias do trabalho. Isso iria acontecer na próxima quarta feira. Fazia pouca coisa junto de pessoas que eu não queria por perto, vivia de pés atrás com elogios vindos daqueles rostos aparentemente tão falsos. Eu não aguentava mais aquele lugar e queria sair de lá a todo momento. Mas, se eu não ficasse lá, o que eu iria fazer? Eu não sei fazer mais nada na vida além de escrever e desenhar. Pareço criança de oito anos, a única diferença é que eu não sei o que quero. Eu cursei Letras na faculdade e acabei desenhando num jornal. Desenhando! Eu não queria ser professor, porque não tinha jeito. Não queria ser jornalista por puro capricho. Pelo menos os meus desenhos refletiam positivamente e eu ganhava meu troco, mas não era exatamente o que eu queria - nem eu sabia o que queria. Chegando em casa naquela tarde exausto e cheio de tanta gente fingida, deitei-me e dormi até Bárbara chegar. Eu já tinha esquecido de Artur, não queria mais lembrar do seu rosto. Estava tudo bem, mas Bárbara chegou em casa meio assustada, parecia mesmo estar com muito medo de alguma coisa:

- Aconteceu algo, querida?
- Não. Por quê?
- Você me parece estranha. Está branca feito um fantasma. Pode me contar, tem alguma coisa acontecendo?
- Juro que não - insegura - está tudo certo comigo. Juro mesmo!

Qualquer idiota que olhasse para o rosto dela naquele momento, conseguiria perceber que algo tinha acontecido. Seus olhos conversavam comigo e me diziam que alguma coisa ela estava guardando para si. Eu só não entendia a causa, mas eu sentia que aquele cara estava metido no meio dessa história. Eu não deveria me preocupar tanto com aquilo, já que eu confiava muito nela. Sabia que não iria acontecer nada de ruim... Mas eu estava errado.

continua...


Um comentário:

  1. Preciso dormir e pararei de ler por aqui, fiquei com medo. Por favor não dê um final triste ok? Paam paaam paaaam... PS: Estou amando de verdade essa história, linda de morrer! Publica publica publica ♫ (Torcida pra que isso aconteça).

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