quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Post #192

Contente-se aí.
E perguntas não faças.
Enquanto eu aqui.
Vivo sob ameaças.

Crises de humor.
E palavras a repitir.
Tais como o amor.
Sentimento a esculpir.

Faço-me alguém vil.
Cego por um cabresto.
A vida está por um fio.
Nos males do aresto.

Perdido estou em pavor.
Pago o preço de ser mole.
E agora de minha dor.
Ofereço-lhe um gole.

Beba, mortal, beba!
Sinta o gosto de meu fracasso.
Toda a vergonha - receba!
Da vida fria feito aço.

Não se deixe enganar.
Por meu sorriso amarelado.
Pois eu não sei amar.
E, ao mesmo tempo, ser amado.

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