Enquanto a raiva ainda brota.
O amargo que ascende à boca.
É o puro gosto da derrota.
Dentro do olhos há rancôr.
E dentro deles, perco-me em solidão.
Eu já não sei o que é amor.
Em meu gelado coração.
Em olhar para trás já nem penso.
Ao ver que a linda flor, matei.
Eu já não tenho o bom-senso.
De ajudar quem machuquei.
Esqueci-me do que era bom.
Nem me arrepender eu sei.
Da bela canção perdi o tom.
E sozinho, perdido, chorei.
Agora por aí eu ando.
Sem ninguém ao meu lado.
E por aí andei pensando.
Que eu não soube ser amado.
E a dor o meu nome chama.
Eu sigo só o meu caminho.
Deitado fico na cama.
Enquanto morro sozinho.
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