segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Post #184

Os dias no campo têm sido gelados.
As árvores secam com o vento cortante.
O movimento dos rios hoje - parados.
E a doce tristeza se mostra atuante.

Seus dedos não consegue fechar.
A mão cansada é levada ao vento.
O coração abatido, cansado de amar.
Tornou-se servo do silêncio lento.

O cabelo dança como a música manda.
O corpo então obedece sem pensar.
Continua no mato com o sabor do samba.
E o coração abatido, cansado de amar.

Em tal noite dessas, em que viu seu fim.
Agradeceu ao Divino, às estrelas e à luz!
Do chão, então, tirou o seu velho faim.
Caiu ajoelhado aos pés daquela cruz.

Agora vagas sem rumo noutra dimensão.
Levou consigo lágrimas para chorar.
Por ter vivido somente da ilusão.
Com um coração abatido, cansado de amar.

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