quarta-feira, 7 de abril de 2010

Post #72

Sem novidades mais,
sempre a mesma história
de querer o impossível,
do que foge, correr atrás,
sendo eu, minha própria escória.
Sinto-me assim, tão desprezível.

Aos meus olhos, um perdedor,
que na vida maciça só sabe sonhar,
nunca tive a oportunidade de ter.
Impresso aqui fica o sofredor,
gosto tanto assim do imaginário amar.
É esse ''eu'' dentro de mim que queria fazer morrer.

Abalado ficou meu orgulho,
se é que um dia existiu.
Essa minha tempestade... fria.
Do silêncio, o ensurdecedor barulho,
da pessoa amada que daqui partiu.
E da imaginação que aqui não existiria.

Moça, menina, mulher de vento,
que só existe no mais escondido
pensamento secreto que habito.
De parar com você eu tento,
nas garras do meu pensamento
saio ferido;
minha menina existe aqui,
minha cabeça
lugar restrito.

De fato existe e é de carne,
osso, olhos e boca.
Que nunca terei o sublime dom
de contar o que guardo.
essa minha vontade fosca
fica ardendo junto com
essa minha guria, que é
por quem eu ardo (e vejo).

sofrer assim é opção,
poderia saber parar.
Sei parar!
Mas não sei!
Amar eu sei, o diferente
Coisa rara, amar alguém,
o alguém errado?
O alguém que não merece?
Isso é coisa do meu orgulho
e da minha auto-estima
que nunca cresce. Só cai.
Cai, cai, cai, cai... Esvaiu.
Caiu. Acabou. Fim da vida.

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