domingo, 24 de janeiro de 2010

Post #61

Desse meu sofá eu vejo:
uma criança, um cão e um adulto.
Mas de tudo aquilo que desejo.
Para mim só ficou o vulto.

A chuva molha a minha janela.
E a tempestade cai sobre meu peito.
A chuva cai e lava tudo.
E em morte fico no meu leito.

O cinza abre-se no céu.
O negro fez-se em meu pensamento.
Em momentos de solidão.
Ouço Nelson Sargento.

O cinzento daquele céu.
Já virou comum para mim.
Vejo chegando rápido.
O ínicio do meu fim.

Melancolia desenfreada.
Tornou-se minha companheira.
A minha alegria tão feliz,
cedeu espaço para
a minha tristeza festeira.

Nenhum comentário:

Postar um comentário