quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Post #17

As árvores com cores de prata são o que colorem as ruas de hoje. O céu fechado sem a vaidade daquele que o completa, se abre apenas para quem é favorecido. É o medo de perder-se, de cair no abismo que não conforta, de visitar o inferno das memórias esquecidas, de deparar-se com o desespero gritante que alarma as almas caladas e reprimidas que não são mais providas de vida viva. Medo de perceber que nada há além do que parece ser, de que nada vale toda matéria criada apenas para completar um espaço vazio. Criado apenas para complementar o planejado. Não vive, só está. O rosto amargo e triste, sem o amparo daquele que tem-se afeição, sem o afago da mão daquele que lhe consola e lhe dá carinho. O amor agora é só uma fatia do que interessa para o ser-humano. Valores reais foram esquecidos e tornaram-se insignificantes aos olhos das pessoas com seus corações petrificados. A realidade é escrita com dor, com esperança falha de que iria-se mudar algo. Tanto que, a melancolia estampada no rosto pobre de cada um de nós, seres-humanos, já é de total irrelevância, a nossa tristeza e dor são coisas pífias. E o valor sempre se perde em meio às garras malevolentes daqueles que vivem de ganância. Que não dão valor aos sentimentos reais. Que não sabem ao certo se já amaram de verdade.

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