terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Está morto o menino

Doente permaneço com as rimas me faltando
padeço em prantos na cama fria do hospital.
Enlouqueci as enfermeiras louras gritando
que dentro do meu peito se fez um forte temporal.

Cada tosse que sai pela minha boca ressecada
é a consumação do meu estado deplorável.
Enlouqueci a empregada que subia a escada
dizendo que a felicidade não era algo palpável.

A voz tímida que mora dentro da minha boca
agora clama por um único momento de paz.
De tanto enlouquecer as pessoas, tornou-se rouca
e nessa cama fria de hospital meu corpo jaz.

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