sábado, 24 de agosto de 2013

Minha única companhia é o João Coração

Muito citada e disseminada entre os jovens de hoje em dia, nesta sábado, ela, a 'bad', pegou-me pelo braço e me arrastou até seu calabouço como há tempos não fazia. Um calabouço fundo, escuro e com um cheiro estranho para minhas mortais narinas. Hoje virei escravo dela. Hoje eu beijo seus pés humilhantemente na expectativa forçada de que isso me tire de suas mãos frias. E, puta que pariu, que mãos frias são essas... ?

É sábado e a vida corre bonita lá fora. O céu está azul, a temperatura agradável e mais uma pancada de coisas boas estão à minha espera. Minha bicicleta, uma visita à casa dos amigos. Meu videogame. Os cães de rua. O sorvete na padaria. As meninas de minissaia devido ao calor. Tudo isso me convida para um passeio e eu só sei recusar. Estou algemado de cabeça para baixo no quarto escuro da tristeza. Nas flores do mal que eu mesmo reguei e encarecidamente tomei conta.

É sábado. Sábado, porra! Você não fica triste num sábado à tarde. No sábado à tarde você sai de casa e dá risada. Não fica em casa sozinho (sozinho mesmo) sem expectativa de vida. O sábado à tarde é para se aproveitar. Meu subconsciente grita pra eu pegar minha bicicleta e dar uma volta pela vila, mas, meu corpo, ordena-me para ficar deitado em minha cama me esbaldando em um bocado de música triste.

Ambos sabemos o que causa minha tristeza, não é? Não nos finjamos de cego. Isto posto, pego mais um cigarro e acendo à minha janela enquanto João Coração canta suas canções para mim. Se perguntarem, diz que já morri!

(No entanto, pego o resto do meu maço de cigarros e meu isqueiro e saio de casa na busca de algo maior. De algo que preencha meu coração. Na busca desenfreada de que meus sentimentos bons tenham sucesso e, para mim, o amor volte com os braços abertos querendo me arrancar um beijo da boca. Mais Ludovic para meus ouvidos)

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