terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Ternura

Você é parte do meu presente, não passado.
E nem sabe o bem que me faz, assim.
Fechando os olhos consigo estar ao seu lado.
E isso é muito triste para mim.

Carrego você nos braços e na boca.
E você só se abre e sorri-se inteira.
Sabemos que tudo nessa vida louca.
Não passa de uma breve besteira.

Essa tolice eu quero com você viver.
E no verde do mar segurar a sua mão.
Ouvir você reclamar no banco do inter.
De como está gorda e que odeia o verão.

No barigui passear de mãos dadas no sol.
Enquanto te xingo e ganho uma braçada.
A gente vai ver os boy jogando futebol.
E as crianças de skate na calçada.

O calor vai rachar muito nossa cuca.
E então algo gelado a gente vai comprar.
Eu, de patife, vou derramar em sua nuca.
Só pra te ver brava e comigo reclamar.

Quando for para nós irmos pra casa.
Nas costas é onde lhe carregarei.
Porque você sussurrar na minha asa.
É a coisa que eu mais esperei.

Vou amar toda vez que você me socar.
E quando ficar brava comigo pelo meu erro.
E quando comigo você não quiser conversar.
Vou me odiar e entrar em desespero.

Ainda assim, farei o seu cafezinho.
E margarina vou passar no seu pão.
Te levo tudo até seu pezinho.
E de leve eu deitarei, coração.

Na minha vitrola eu colocarei Belchior.
Que você não gosta, a não ser de "Passeio".
Você vai reclamar e pedir algo melhor.
Eu vou recusar e me chamará de feio.

Nós vamos dormir no quarto, no chão.
Só nós dois com os cabelos laçados.
Tiraremos até foto de nós no colchão.
Enquanto nós dormirmos abraçados.

Prometo cuidar de você a toda hora.
Chamar você para deitar ao meu lado.
Por favor, minha querida, não vá embora.
Deixa esse gordo ser o seu namorado.

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