domingo, 21 de novembro de 2010

Post #213 (#152 Pt. XXV)

Dois dias depois eu resolvi parar com aquilo. Desci novamente para comprar comida para o Doyle - ele era mais importante do que eu mesmo naquele momento. Demorei algum tempo, enquanto comprava tudo, resolvi comprar mais bebidas. Voltava pra casa com frio. O clima estava diferente, o clima dentro de mim estava tenso, as coisas dentro de mim não funcionavam certo. Nunca tinha bebido como estava bebendo, nada de dependência, só achava que assim conseguia esquecer tudo o que sentia.
Tudo aquilo mudou quando voltei pra casa. Não sei ficava feliz ou triste, mas ela estava dentro da minha casa segurando algumas caixas pequenas e um bouquet de margaridas brancas. Logo perguntei:

- O.. o que você está... fazendo aqui? - já quase chorando.
- Lembra de quando nos encontramos comprando flores? Eu disse que tinha achado outra pessoa? Então, era mentira. Essas flores são para você. Eu estava ciente de que você estava arrependido, eu te conheço bem. Você é a pessoa mais compreensiva e transparente que eu já conheci em toda a minha vida.
- Então isso quer dizer que você vai voltar a morar comigo?
- E isso não é tudo. Olhe!

Quando prestei atenção, tinha duas canecas de café sobre a mesa, ao lado de um bilhete perfumado. Só que o mais legal estava no corredor que dava para o quarto. Junto de Doyle, branca como neve, de laço vermelho e olhos azuis, uma bola de pelos feminina - a gata que Doyle sempre quis, de nome Helena. Ah, como Bárbara era incrível. Brincou comigo, quase me matando do coração, dizendo que tinha encontrado outra pessoa, voltou dois dias depois com uma companheira para Doyle.

- Amo você!
- Também! E prometo nunca mais te fazer chorar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário