segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Menina

Tenho me sentido como pescador com sereia.
Onde há um lindo canto que agora me fascina.
Só que ao invés de canto, isso é o rosto.
Daquela bela e, ainda jovem, menina.

Nunca terei a façanha de chegar perto.
Porque isso ela nem imagina.
E pensar que o que separa eu dela.
É pouca coisa, é uma esquina.

Se eu pudesse dizer estar viciado.
Chamaria-te de heroína.
Porque, de certa forma, és viciante.
Com esse teu rosto de menina.

Segurar tua mão agora é o desejo.
Tua mão fria que é quente de cafeína.
Do teu cabelo eu tenho saudade.
Minha doce e bela menina.

Queria ter o dom da voz.
Que a boca ostenta sempre.
Pra poder abraçar o teu braço.
Pra poder deitar em teu ventre.

Queria que pudesses ouvir.
O meu suspiro dizer que te ama.
Porque é lendo esse meu rosto.
Que percebes como te chama.

Nunca nos vimos, de fato.
Mas tu serás a minha sina.
Porque nunca vi igual a tu.
Algo tão lindo, menina!

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