sábado, 18 de dezembro de 2010

Voa que voa, coração!

Sentado da mesa deste barzinho.
Avisto uma bela moça a se sentar.
Namorando os pássaros com carinho.
Enquanto os vê dançando no ar.

Disfarço o quão linda achei a cena.
Com sardas no rosto. Branca feito cegonha.
Até mim sua voz não virá. Uma pena.
Apesar de homem feito, tenho ainda vergonha.

Sentado à mesa, de café desce um gole.
Por seus movimentos tento não me apaixonar.
Minha fraqueza me bate. Não saberei seu nome.
Pois nunca teria a petulância de perguntar.

Em minha lista, agora, coloco tal menina.
Onde a paixão veio e ficará eternamente.
Foi-se com meu coração entre a neblina.
Enquanto fico a suspirar pateticamente.

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