Você andou até a porta com a toalha enrolada em seu - belo - corpo. "Tu me empresta roupa?", perguntou. Falei que ia pegar um shorts e uma camiseta no outro quarto. Quando voltei, você estava deitada no colchão do chão, onde eu pensava em dormir. "Você fica na cama. É mais confortável", lhe alertei. Cê disse que preferia no chão. Insisti, então tu exclamou: "Então dorme comigo!" e eu congelei. Faltou-me o ar. Várias coisas se passaram pela minha cabeça. "O que um simples abraço quer dizer?", caralho! O que isso tem a ver? Pensei "tô bobo. Tô passada!". "Quero!", eu respondi.
Pediu para que eu, ainda em pé, apagasse a luz. Eu o fiz. Deitei ao teu lado virado para teu corpo. Você estava virada para a parede, diante disso, te convidei: "Não quer conversar?". "Claro, estou sem sono. Mas não pode acender a luz" e assim foi feito. Conversamos sobre muitas coisas, demos muitas risadas. Falamos sobre filosofia e sobre ex-namoradas. Perguntei "Prefere de luz apagada por quê?", "Posso chorar e ninguém vê". Ao responder, imediatamente peguei sua mão e beijei sua testa. Ainda não acredito que realmente fiz isso.
Chegamos às 3h47 e a neblina nos dava boa noite. Nós dois depois de conversar, rir e chorar, decidimos dormir. Falei pra você que reparava na bunda de todxs. Você, com sono, perguntou: "E a minha?", eu, tão sem jeito, respondi que era linda. Antes de dormir, pedi para pôr a mão sobre teu corpo e você riu e disse "Achei que nunca fosse dizer isso! Pode, sim", e terminou de dizer com um sorriso. Botei a mão na sua cintura. Escorreguei pelo seu quadril, fui até o joelho e voltei. Subi aos seios e acariciei. Passei na curva da cintura, senti as covinhas das costas e agarrei sua bunda. Nisso, me descuidei e você riu, enquanto me acariciava também, selou aquele momento com um beijo muito molhado.
A noite não tinha terminado e você perguntou se eu tinha proteção. Disse meio encabulado que sim, pois havia pego tempos atrás com um brother, mas nunca usei pois o namoro acabou pouco tempo depois. Você, com desejo na saliva da boca, disse que, enfim, iria usar. E a noite seguiu o curso natural. Esse quarto testemunhou o momento em que não fizemos amor, mas, sim, que o amor nos fez. Repetidas vezes. Obrigado, você fez com que esse corpo cansado sentisse a vida novamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário